Ela estava ansiosa, nervosa, finalmente após quase um mês tc com Ele, iriam se conhecer. Já haviam trocado muitas idéias sobre práticas, limites, enfim, era hora de se confrontarem. Os pensamentos que povoaram sua cabeça naquele dia foram diversos, mas todos recheados de tesão... Ah, enfim irei vê-Lo, sentir Seu cheiro, Seu toque, ainda que não o toque profundo, pois iriam somente sentar em um lugarzinho aconchegante, mas a perspectiva da proximidade Dele a deixava extasiada. Tomou um demorado e perfumado banho. Secou-se, cada parte de seu corpo imaginando “coisas”, deitou-se na cama, hidratou-se, ficando mais demoradamente com a mão a massagear a gruta que certamente seria Dele. Estava uma noite gostosa, fria, porém sem chuva. Escolheu um vestido preto que realçava suas curvas e com um decote bem insinuante, sob ele colocou apenas uma calcinha fio dental, não que Ele fosse ver, mas lhe agradava a idéia de pensar que sim. Arrumou os cabelos longos, deixando-os soltos, pois Ele já havia dito que admirava cabelos longos, prendeu apenas uma mexa para trás, apenas um traço de lápis nos olhos, um batom suave, porém provocante. Escolheu cuidadosamente uma colônia que não embotasse seu cheiro de cadela, mas sim o realçasse. Um par de brincos dourados, nada no pescoço, queria deixar bem claro, o que realmente gostaria de ostentar nele. Um anel discreto em cada mão, olhou-se no espelho e gostou do que viu. Vestiu um sobretudo também preto que aqueceria seu corpo, mas deixaria exposto o que ela tinha intenção de deixa-Lo ver. Escolheu um par de scarpin pretos com detalhes em bronze, que contrastava suavemente com as poucas jóias e a bolsa. Deu uma última olhada, apagou as luzes do apartamento e saiu.
Coração disparado ao longo do caminho, não era tão longe, mas pareceu longo demais!
Finalmente chegou, estacionou, deu uma última olhada no visual e se encaminhou para o barzinho. Entrou, e lá numa mesa no cantinho, já estava Ele, sentado, fumando um cigarro, sentiu um frio no estômago, era mais do que ela esperava. Aproximou-se Dele e Ele notando seu embaraço levantou-se e puxou a cadeira para que ela sentasse. Cumprimentos, mãos geladas, ofereceu-lhe uma bebida, ela pediu um dry Martini. Começaram a conversar, o encontro estava melhor que ela imaginou, a certa altura beijaram-se... todo seu corpo tremeu com aquele contato que tanto esperava. Refeita continuaram a conversar. Mas algo pelo qual ela não esperava estava por vir. Ao longo de todas as suas conversas Ele nunca havia tocado nisto e ela ficou atônita, perplexa, sem chão. Ele já tinha uma escrava, o que Ele queria era ela como irmã de coleira, para que ambas o servissem juntas! Não, aquilo não podia estar acontecendo, não era justo, em momento algum Ele falou sobre isto, Ele tentou acalmá-la, explicar como seriam as coisas, mas ela simplesmente não queria ouvir aquilo, já havia passado por isto antes, e simplesmente era um limite que não conseguia quebrar! Tudo desmoronou, não houve o que Ele dissesse que a demovesse da idéia de terminar ali o que no começo seria a confirmação de sua entrega! Sentiu-se traída, machucada! Levantou, Ele tentou impedi-la mas em vão, ficou apenas a observar aquela que julgava já ter para si, sair, tendo deixado bem claro que tudo acabava ali. Entrou no carro, caiu em prantos, mas logo se refez, queria logo chegar em casa e desmontar tudo aquilo que ela havia feito para Ele! Um turbilhão de sensações e pensamentos lhe atordoavam a cabeça. Despiu-se com ódio de si mesma, achando-se aquela altura uma tola, uma idiota! Tomou uma ducha quente, deixou a água escorrer demoradamente pelo seu corpo se misturando com suas lágrimas que foram muitas. Finalmente mais calma, desligou a água, vestiu um roupão, enrolou os cabelos molhados em uma toalha, e enroscou-se na cama. Pensou no começo daquilo tudo, de como se encontrava. E lentamente todas as sensações voltaram. Ela retornava ao seu estado inicial e tão familiar, fechada como ostra, num universo calmo, seguro, só seu, calma, entorpecida como antes. Não ousaria deixar novamente que ninguém penetrasse ali, pois assim queria estar, perdida, confusa, porém sem mais ilusões de servir a quem quer que seja. É melhor assim, sinto-se livre dentro do meu claustro. Guardaria para sempre o pouco que viveu, porém não ousaria mais sair de dentro da concha onde jamais também ninguém entraria!
Amanda
Coração disparado ao longo do caminho, não era tão longe, mas pareceu longo demais!
Finalmente chegou, estacionou, deu uma última olhada no visual e se encaminhou para o barzinho. Entrou, e lá numa mesa no cantinho, já estava Ele, sentado, fumando um cigarro, sentiu um frio no estômago, era mais do que ela esperava. Aproximou-se Dele e Ele notando seu embaraço levantou-se e puxou a cadeira para que ela sentasse. Cumprimentos, mãos geladas, ofereceu-lhe uma bebida, ela pediu um dry Martini. Começaram a conversar, o encontro estava melhor que ela imaginou, a certa altura beijaram-se... todo seu corpo tremeu com aquele contato que tanto esperava. Refeita continuaram a conversar. Mas algo pelo qual ela não esperava estava por vir. Ao longo de todas as suas conversas Ele nunca havia tocado nisto e ela ficou atônita, perplexa, sem chão. Ele já tinha uma escrava, o que Ele queria era ela como irmã de coleira, para que ambas o servissem juntas! Não, aquilo não podia estar acontecendo, não era justo, em momento algum Ele falou sobre isto, Ele tentou acalmá-la, explicar como seriam as coisas, mas ela simplesmente não queria ouvir aquilo, já havia passado por isto antes, e simplesmente era um limite que não conseguia quebrar! Tudo desmoronou, não houve o que Ele dissesse que a demovesse da idéia de terminar ali o que no começo seria a confirmação de sua entrega! Sentiu-se traída, machucada! Levantou, Ele tentou impedi-la mas em vão, ficou apenas a observar aquela que julgava já ter para si, sair, tendo deixado bem claro que tudo acabava ali. Entrou no carro, caiu em prantos, mas logo se refez, queria logo chegar em casa e desmontar tudo aquilo que ela havia feito para Ele! Um turbilhão de sensações e pensamentos lhe atordoavam a cabeça. Despiu-se com ódio de si mesma, achando-se aquela altura uma tola, uma idiota! Tomou uma ducha quente, deixou a água escorrer demoradamente pelo seu corpo se misturando com suas lágrimas que foram muitas. Finalmente mais calma, desligou a água, vestiu um roupão, enrolou os cabelos molhados em uma toalha, e enroscou-se na cama. Pensou no começo daquilo tudo, de como se encontrava. E lentamente todas as sensações voltaram. Ela retornava ao seu estado inicial e tão familiar, fechada como ostra, num universo calmo, seguro, só seu, calma, entorpecida como antes. Não ousaria deixar novamente que ninguém penetrasse ali, pois assim queria estar, perdida, confusa, porém sem mais ilusões de servir a quem quer que seja. É melhor assim, sinto-se livre dentro do meu claustro. Guardaria para sempre o pouco que viveu, porém não ousaria mais sair de dentro da concha onde jamais também ninguém entraria!
Amanda
Muito bom amanda. Vc escreve muito bem menina.
ResponderExcluirUma pena que ela não aceitou ser irmã de coleira.
Uma pena ela preferir se fechar em sua ostra a viver outras emoções.
Bjs!
Pois é amiga, fazer o que né! Há algumas submissas que não aceitam, mas quem sabe no futuro ela não mude de idéia, saia da ostra e descubra o que significa verdadeiramente servir! Obrigada pelo elogio!
ResponderExcluirBeijos no ♥